domingo, 20 de março de 2011

"A confiança é um acto de fé, e esta dispensa raciocínio."

De Carlos Drummond de Andrade


Fto: Beatriz Rodrigues


Confia, não caias.
Confia, dá-me a mão.
Confia, aperta-a bem.
Confia, eu não fujo.
Confia, sou eu.
Confia, eu estou aqui.
Confia, que eu confio em ti.

6 comentários:

  1. e agora, saltas?

    sentar é o remédio seguro, eu sei, mas nem sempre cura.
    cansa e aborrece, e a vida vai, desaparece...

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  2. E se saltar vou acabar sempre por bater com os pés no chão... ou então, na pior das hipóteses, com a cabeça.

    Mas, e se esperar pela vontade de saltar?

    Pode ser que aí já saiba voar e não caia mais...

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  3. o problema é mesmo esse. quem te garante que ela alguma vez chegue? por vezes é preciso cair e criar a maior cratera, anteciparmo-nos à razão.

    e a "pior das hipóteses" seria com o coração, mas mesmo esse resistiria pelo impulso de se tornar maior.

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  4. Mas e o medo?

    E o medo de não conseguir sair da cratera que criei?

    E o medo de me afogar na minha própria razão?

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  5. o medo é o que faz a queda valer a pena, é o que dá sabor ao aterrar.

    de que valeria saltar, se o sentimento fosse o mesmo que ficar sentada?


    o medo confirma a tua existência...(e a dele).

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  6. E se o sabor for azedo? Ou tão amargo que me faça arrepender?

    Confirmo a minha existência, mas não as minhas certezas.
    Tenho medo das verdades que me rodeiam, ainda que orbitem apenas em volta da minha cabeça.

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