quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

apresento-me, finalmente.

A fotografia é algo que faço com extremo gosto e, como todos os artistas, gosto que o meu trabalho seja visto e apreciado. Gosto que seja elogiado e criticado porque, para mim, a crítica funciona com um adubo, um adubo que me faz crescer forte e independente.

Assim, aqui pretendo mostrar tudo aquilo que me faz sentir orgulhosa de mim mesma por saber que, à medida que avanço, cada vez me aproximo mais da minha meta.
Ao obedecer a vontades, ao satisfazer desejos, ao fotografar aquilo que estava no imaginário de alguém, sinto-me bem, com um sentimento de objectivo cumprido.

É assim que quero mostrar ao mundo aquilo que acho ser capaz de fazer. Peço oportunidades, desafios e muita curiosidade.
Aproveito também para dizer que as fotografias apenas são postadas com a autorização da respectiva modelo e que a qualidade da fotografia pode não corresponder à real.
Este é apenas um meio de comunicação e exposição que não se prende integralmente à qualidade de uma fotografia porque a avaliação de cada um é muito subjectiva.

A partir de agora, todas as fotos surgirão com uma legenda e com referência ao nome da modelo se assim for desejado.
Antecipo o meu agradecimento a todos os que me ajudam e inspiram, diariamente.


                                                                                                    



Beatriz Rodrigues




terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Agradecimentos.

Antes de mais (e antes que tudo se adiante e perca o controlo, coragem ou, no pior dos casos, a humildade) faço questão de referir que toda a possível e pura inspiração que daqui possa advir não vem apenas de mim; a inspiração não é uma coisa etiquetada, que nasce connosco, mas sim algo que surge ao observarmos, ao sentirmos, ao comunicarmos. E é principalmente através da comunicação que me inspiro. Troco ideias e sentimentos. Expresso medos e vontades recebendo compreensão, honestidade e até crítica. Admiro quem dita as suas críticas sem medo. Revelar uma opinião é, sem dúvida, um acto de coragem e carácter.
São essas pessoas, com todas essas qualidades, que me inspiram. Que me empurram. Que me fazem querer atingir um máximo que sozinha, achava que não conseguiria.
A elas agradeço e dedico, em parte, a inspiração aqui postada.






A originalidade é imperiosa aqui. Não me admitiria de forma diferente. Para o que vejo, para o que acredito, para o que julgo fazer de melhor, seria um acto quase “criminoso” (hiperbolizando) se usasse outras fotografias e outras artes como forma de me expressar e vangloriar.

Não me entendam mal.
 Não é uma critica. É apenas uma opinião extremamente pessoal. É algo que exijo a mim mesma. E sendo assim, prometi comprometer-me sempre a respeitar os ideais que até então resultaram bem.

Congratulo até quem consegue, com artes alheias, criar uma tão boa composição, adequando, por exemplo, tão perfeita e milimetricamente a fotografia ao texto. Acho que não tenho tal capacidade grandiosa, e não é uma falsa modéstia.
Para mim, é-me extremamente difícil conjugar textos e imagens pois muitas vezes são criadas em dias diferentes, e eu, incluída na raça humana, não sou capaz de recriar sentimentos de uma exacta forma, de maneira a criar esse equilíbrio perfeito.


Tudo isto para agradecer. Agradecer toda a atenção, compreensão e amizade.
Tudo isto para expor a minha pequena porção de desequilíbrio de forma pura.


ain't nobody that can sing like me (...)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

one day, I fly away (...)

Começo.

Testemunho a minha existência assim. Fotografo, congelo momentos, fixo sensações e expressões. Não reprimo, não fujo, não dou passos atrás para capturar a melhor fotografia. A melhor fotografia não existe.
Revejo-as. Sempre. Revivo momentos. Consigo sentir os mesmos cheiros, rir das mesmas coisas. Consigo chorar da mesma ânsia que sentia no momento. Consigo chorar da mesma tristeza. Choro com uma imensa saudade. Sinto falta.
Onde está o portal mágico?
É um suporte fraco, sem dúvida. Sem significado algum, materialista até. Egoísta, se exagerar.
Mas não é o papel que cria a fotografia. Apenas a expõe. Nós criamos a fotografia porque nós criamos o momento que queremos fotografar. Criamo-lo porque nos faz lembrar de alguma coisa. Porque sentimos saudades.
 Algo nos empurra, algo nos inspira, e daí, surge essa imensa necessidade de transformar o nosso mundo nalguma coisa concreta. Que quase podemos tocar.
 Mas o nosso mundo nunca existe.  Aquele que vemos por uma preta parede redonda não está lá quando nos afastamos. Está aquele que se desmancha em tintas e papel e esse tem todo o mesmo toque. Liso e brilhante ou liso e mate. Sem rugas, sem entraves, sem barreiras, com uma saída fácil. É um momento isolado, que nos prende de tal modo que não sabemos como fugir, ainda que saibamos que não existe nada que nos impeça.
 Conscientemente, saberíamos que estaríamos a fugir de nós mesmos, das nossas memórias, do mundo real que nos catalisa a vida, repleta de factos e acções concretas.
É o concreto que nos amarra e a fotografia o que liberta. Somos livres no exacto momento que prendemos o botão e aguardamos pela revelação. Revelação de algo que foi nosso durante uma fracção de segundo. Não interessa, foi nosso  e pode voltar a ser, sempre. Aí, controlamos e vivemos o real, o irreal, o imaginário, o triste, o saudoso, o alegre, o nosso.
Todos fotografamos, ainda que sem máquina. Fotografamos quando queremos guardar alguma coisa. Queremos sempre guardar alguma coisa. Guardamos sempre alguma coisa, ainda que má, ainda que triste.
A fotografia inspira-me. Exagera-me. Dramatiza-me. Dá-me vontade de (re)criar o novo, o nunca visto.
 Somos julgados pelos nossos gostos, pelas nossas acções, pelo modo de vida, pela nossa arte. Qualquer que seja a fotografia, ela faz parte de uma pequena porção nossa que deixamos que o mundo veja e julgue. Qualquer que seja a imagem, ela vai representar o nosso carácter, a nossa personalidade e consoante o momento, o nosso humor, o nosso estado de espírito, as nossas paixões e os nossos anseios. Aos mais atentos e perspicazes poderá ser até obvia a expressão dos medos e do que consideramos importante e com valor na nossa vida pessoal.
Termino assim, dizendo que a fotografia é algo que me satisfaz. É algo por que sou apaixonada, porque para mim, não é só papel, são partes da minha vida que torno eternas a todo o momento.